28 fevereiro 2013

O Calvinismo que se afastou de Calvino



Por Jorge Fernandes Isah

                                                  

Este texto foi narrado pelo pr. Rupert Teixeira e disponibilizado no Audível.com. Clique no logo ao lado para baixar e ouvi-lo. 




Ultimamente, tenho visto muitos ataques à doutrina Calvinista, contudo, ela não parte das fileiras que normalmente se lha opõem, como os arminianos, universalistas, humanistas, deístas, e mais um leque abrangente de detratores das doutrinas da graça, inclusive, incrédulos. Ela parte, e de uma maneira mais virulenta e até mesmo vergonhosa, de nossas próprias fileiras: os calvinistas. Mas, por que?

Tenho lido muita coisa e meditado um bocado sobre as várias trincheiras que têm-se aberto em nosso meio. A maioria delas vem equipada com a alegação de falsa espiritualidade, ignorância bíblica ou pseudo-intelectualismo; e de que o Calvinismo, que muitos alegam defender, não passa de radicalismo, extremismo teológico ou pura bufonaria. Afirmar, por exemplo, que Deus determina todas as coisas, inclusive o mal e o pecado, pode render-lhe o rótulo de hipercalvinista, racionalista ou, até mesmo, de herege. Nesse rol tem-se colocado, injustamente, teólogos e pastores como John Gill, Gordon Clark, Vincent Cheung, McGregor Wright, W. Crampton e outros. E o que tentarei mostrar é que, João Calvino, está entre eles, certamente com muito mais talento, mas não mais inspirado nem bíblico; se não em todas as questões doutrinárias, ao menos na legítima alcunha de cristão [na verdade, não serei eu a provar, mas o próprio reformador o fará]. 

Mantive-me afastado dessa polêmica por mais de um ano, exatamente por pensar que, como muitos afirmaram, sou imaturo, ingênuo ou impulsivo, que não tenho o hábito da meditação, e de que sou um péssimo leitor. Vá lá, pode ser que algum ou todos estes adjetivos se encaixem mesmo em mim. Por isso, adotei a prudência e o silêncio, e o estudo sistemático, sobretudo das Institutas de Calvino. E são exatamente elas que me fazem abandonar o silêncio, ainda que momentaneamente. Cada vez mais me certifico de que o reformador, em nada ou muito pouco, crê diferentemente do que creio, e do que vi, primeiramente, na Escritura Sagrada, ao contrário do que tentaram me convencer. E, por que relato isto, agora? Porque, via de regra, os calvinistas sempre apelam para Calvino como o juiz em aspectos doutrinários e teológicos. Nenhum de nós o considera infalível, mas muitos, sem perceberem e aceitarem, já o canonizaram inconscientemente. O que me levava sempre a ouvir: "Calvino não propôs isso!", "Calvino não disse isso!", "Isso não é Calvinismo!"... Ao ponto de, alheio ao reformador, solicitar a investigação de versos e trechos bíblicos como prova, e ser simplesmente ignorado. É algo que realmente não consigo entender, por que muitos Calvinistas dão tão pouca atenção à revelação que o próprio Deus fez de si mesmo e da sua obra; como se ela fosse hermeticamente acessível apenas a alguns "iluminados" e letrados ou não fosse relevante para o debate em questão [o qual muitas vezes se prende apenas a aspectos filosóficos, acadêmico, enquanto as provas bíblicas são relegadas a um segundo, terceiro ponto, ou simplesmente desprezadas]. O que me levou, muitas vezes, a cogitar a minha completa incapacidade de entender o Cristianismo, e de me resignar à incompreensão, afastando-me do grupo de "iluminados" e a viver o meu mundinho medíocre. De certa forma, penso que este pode ser o meu futuro, mas ainda não o é [ao menos, não o aceitei ainda], mesmo vislumbrando nele um ambiente mais pacífico e salutar.

O fato é que não há unanimidade entre calvinistas, o que é normal, dada a inconstância humana, mas penso que estão a construir qualquer coisa menos doutrinas sólidas e fundamentadas na Palavra de Deus... e, também, em Calvino. A maioria dos calvinistas desconhece o pensamento do reformador. Outro tanto, nunca leu nada diretamente escrito por sua pena. E penso que há um outro grupo ainda dos que têm medo de repetir o que ele disse e formulou, com o temor de represálias. Há, é claro, aqueles que não entenderam ou se desviaram daquilo que o reformador escreveu, e preferiram moldar-lhe o pensamento ao seu próprio juízo; de discípulos passaram a mestres, renegando-o. E esses são, via de regra, a maioria do que encontramos em literatura, púlpitos, seminários e bancos de igrejas [calvinistas, quero dizer]. 

Para a minha surpresa, após iniciar a leitura das Institutas, verifiquei que, ao contrário do que eu imaginava, não eram os "iluminados" que estavam certos, mas eu, em minha ignorância e estultice, estava mais certo do que eles. Por isso, decidi-me, pela segunda vez apenas, publicar um texto aqui no Kálamos que não seja meu, mas de Calvino. Poderia gastar páginas e páginas reproduzindo-o aqui, para confirmar muito do que eu disse anteriormente e que foi dado por insano e precipitado pelos entendidos, mas, se alguém quiser mesmo compreender o reformador terá de lê-lo; que vá às suas obras e aprenda por si mesmo. 

Com isso, não digo que ele seja a última palavra em qualquer coisa, afinal, a Escritura é! O que ele fez durante décadas foi formatar, de maneira inteligível, tudo o que Deus nos deixou em sua palavra: as preciosas e benditas doutrinas da graça. Igualmente, não estou a afirmar sua infalibilidade e inerrância, porque tenho as minhas discordâncias, e, em alguns pontos, ele parece se contradizer também. Mas no que concerne à soberania de Deus, por exemplo, não há o que se discutir. Apelar para o "mistério", "paradoxo",  "Deus permite", e coisas do gênero, não fazem parte da sua cartilha [1]. Ele dá nome aos bois; e não o considero menos piedoso, reverente, prudente e temeroso por isso. 

Ainda estou no Vol. I, quase ao seu final, e, reproduzirei, a seguir, parte do texto em que ele trata da providência divina. Deixarei que fale por si mesmo; e se alguém apelar para ele, que o faça dentro do que escreveu, sem editá-lo, ou conformá-lo a um outro tipo de pensamento... É possível que alguém se assuste e o rejeite, mas é melhor assim do que se submeter ao suposto dito que nunca foi dito. 

Quem tem ouvidos, ouça... ou melhor, quem tem olhos, leia, não a mim, mas a Calvino.


CAPITULO XVIII

DEUS DE TAL MODO USA AS OBRAS DOS ÍMPIOS E A DISPOSIÇÃO
LHES VERGA A EXECUTAR SEUS JUÍZOS, QUE ELE PRÓPRIO
PERMANECE LIMPO DE TODA MÁCULA

1. EFICIÊNCIA, NÃO PERMISSIVIDADE, É A RELAÇÃO DE DEUS PARA COM A
AÇÃO DOS ÍMPIOS

Uma questão mais difícil emerge de outras passagens, onde se diz que Deus, a seu arbítrio, verga ou arrasta todos os réprobos ao próprio Satanás. Pois o entendimento carnal mal pode compreender como, agindo por seu intermédio, Deus não contraia nenhuma mácula de sua depravação; aliás, em uma ação comum, seja ele isento de toda culpa, e inclusive condene, com justiça, a seus serventuários. Daqui se engendrou a distinção entre fazer e permitir, visto que esta dificuldade a muitos pareceu inextricável, ou, seja, que Satanás e todos os ímpios estão de tal modo sob a mão e a autoridade de Deus, que este lhes dirige a malignidade a qualquer fim que lhe apraz e faz uso de seus atos abomináveis para executar seus juízos. E talvez fosse justificável a sobriedade destes a quem alarma a aparência de absurdo, não fora que, sob o patrocínio de uma inverdade, de toda nota sinistra tentam erroneamente defender a justiça de Deus.

Parece-lhes absurdo que, pela vontade e determinação de Deus, seja feito cego um homem que, a seguir, haverá de sofrer as penas de sua cegueira. Dessa forma evadem-se tergiversando que isso se dá apenas pela permissão de Deus, entretanto não por sua vontade. Mas é Deus mesmo que, ao declarar abertamente que ele é quem o faz, repele e condena tal subterfúgio.

Que os homens não fazem coisa alguma sem que tacitamente Deus lhes dê per-missão, e que nada podem deliberar senão o que ele de antemão determinou em si mesmo, e o que ordenou em seu conselho secreto, se prova à luz de testemunhos inumeráveis e claros. O que do Salmo [115.3] citamos anteriormente – “Deus faz tudo quanto lhe apraz” –, é certo que se aplica a todas as ações dos homens. Se, como aqui se diz, Deus é o árbitro real das guerras e da paz, e isto sem qualquer exceção, quem ousará dizer que, desconhecendo-o ele ou mantendo-se passivo, são os homens a elas arrojados, ao acaso, como por um cego impulso?

Mas, mais luz haverá em exemplos especiais. Do primeiro capítulo de Jó sabemos que Satanás, não menos que os anjos que obedecem de bom grado, se apresenta diante de Deus para receber ordens. Certamente que isso ele o faz de maneira e com propósito diferentes, todavia de modo que não possa encetar algo, a não ser que Deus o queira. E visto que, entretanto, em seguida parece explicitar-se permissão absoluta para que aflija ao santo varão, daí ser verdadeira esta afirmação: “O Senhor o deu, o Senhor o tirou; como aprouve a Deus, assim se fez” [Jó 1.21], desta provação concluímos que Satanás e os salteadores perversos foram os ministros; Deus foi o autor. Satanás se esforça por incitar o santo a voltar-se contra Deus movido pelo desespero; os sabeus ímpia e cruelmente lançam mão dos bens alheios, roubando-os. Jó reconhece que da parte de Deus fora despojado de todos os seus haveres e em pobre transformado, pois assim aprouvera a Deus.

Portanto, seja o que for que os homens maquinem, ou o próprio Satanás, entre-tanto Deus retém o timão, de sorte que lhes dirija os propósitos no sentido de executarem seus juízos. Deus quer que o pérfido rei Acabe seja enganado; para esse fim oferece seus préstimos ao Diabo. Por isso é enviado com um mandado definido: que seja um espírito mentiroso na boca de todos os profetas [1Rs 22.20-23]. Se a obcecação e insânia de Acabe é o juízo de Deus, desvanece-se o constructo imaginário da permissão absoluta, pois seria ridículo que o Juiz apenas permitisse o que queria que fosse feito, contudo não o decretasse e não determinasse a execução aos serventuários.

Propõem-se os judeus eliminar a Cristo; Pilatos e seus soldados condescendem a seu perverso anseio. Entretanto, os discípulos confessam em solene oração que todos esses ímpios nada fizeram senão o que a mão e o plano de Deus haviam decretado [At 2.28]. Como já antes Pedro pregara que “Cristo fora entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus”, para que fosse morto [At 2.23], como se dissesse que Deus, a quem desde o começo nada foi oculto, cônscia e deliberadamente determinara o que os judeus vieram a executar, como, aliás, o reafirma em outra passagem [At 3.18]: “Deus, que predisse através de todos os seus profetas que Cristo haveria de sofrer, assim o cumpriu.”

Absalão, poluindo o leito do pai mediante união incestuosa, perpetra abominá-vel iniqüidade [2Sm 16.22]; no entanto, Deus declara ser isso obra sua, pois estes são os termos: “Tu o fizeste em oculto; eu, porém, farei isto às claras, e diante do sol” [2Sm 12.12].

Jeremias declara ser obra de Deus tudo quanto de crueldade os caldeus pratica-ram na Judéia, por cuja razão Nabucodonosor é chamado “servo de Deus” [Jr 25.9; 27.6]. Reiteradamente, apregoa Deus que por seu assobio [Is 5.26; 7.18], pelo clangor de sua trombeta [Os 8.1], por seu império e mandado, os ímpios são incitados à guerra; ao assírio chama “vara de meu furor e machado que aciona em minha mão” [Is 5.26; 10.5]; a destruição da cidade santa e a ruína do templo denomina obra sua; Davi, não murmurando contra Deus, ao contrário, reconhecendo-o como justo Juiz, confessa também que de seu mandado provinham as maldições de Simei [2Sm 16.1]: “O Senhor”, diz ele, “o mandou amaldiçoar.” Mais vezes, ainda, ocorre na história sagrada que tudo quanto acontece procede do Senhor, como o cisma das dez tribos [1Rs 11.31]; a morte dos filhos de Eli [1Sm 2.34]; e muitíssimos outros fatos da mesma natureza. Aqueles que são ao menos medianamente versados nas Escrituras vêem que, para alcançar a brevidade, menciono apenas uns poucos exemplos dentre muitos, dos quais, no entanto, se faz mais do que evidente que dizem coisas sem nexo e pronunciam absurdos esses que no lugar da providência de Deus colocam a permissão absoluta, como se, assentado em uma guarita, aguardasse ele eventos fortuitos, e assim do arbítrio dos homens dependessem seus juízos [Institutas, V. I, pg 229-231, tradução de dr. Waldyr Carvalho Luz,  Cultura Cristã] .

Notas: [1] Abordo a questão, nos seguintes textos, entre outros: 
- Mistério, Paradoxo e Contradições Aparentes - Parte 1: Quando se perde até o que não se tem
- Mistério, Paradoxo e Contradições Aparentes - Parte 2: O não-dogmatismo dogmático


64 comentários:

  1. E agora? Mais claro que isso impossível. Pode-se até não concordar com Calvino, mas dizer que ele não disse, creio que não dá mais: "Deus quer que o pérfido rei Acabe seja enganado; para esse fim oferece seus préstimos ao Diabo..." - texto claríssimo e ousado, muito ousado e para afrente do seu tempo. Estou surpreso e maravilhado! Abraços, meu amigo, para mim é muito bom estar de volta.

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  2. Muito bom em vários aspectos, e principalmente no exemplo atitudinal. Você meu irmão apontou algo que eu já apercebera entre os calvinistas mas também dentre os que se ocupam em opor-lhes. Para não haver dúvidas: para mim Calvino estava errado e ergueu uma teologia expúria numa tentativa ĺogica de contribuir para a verdade. Foi sincero,objetivo, pragmático e supreendentemente também teórico. As nações calvinistas e as de base protestante são ainda as mais ricas e que proporcionam melhor qualidade de vida ainda que apósmuitas gerações a maioria de seus havbitantes sejam apóstatas com realção a fé herdada nacionamente. Os reformadores foram usados por Deus para influenciar o mundo em outra direção ( E isso advem da soberania de Deus ) os erros humanos foram e são sempre por nossa conta. Muitos evangélicos não reconhecem o papel institucional da Igreja Católica Romana em masi de 1000 anos resistindo ao Islã.As cruzadas foram ( ao contrário do que foi ensinado no nosso ensino médio e fundamental, uma reação a dominação islâmica e não o contrário ). Ou seja histórica, geograficamente, teologicamente a contribuição de João CXalvino é irrefutável e inegável. E nem é essa a questão. Hoje a título de saudosismo e fidelidade a alguma coisa ou alguém, para muitos de fato ( e você o disse muito bem ) Calvino é o guru, o profeta, o oráculo de Deus ao qula se ouve e depois, vai-se, e nem sempre a Bíblia para ler o que ele citara ( o que nem precisaria, pois calvino repete os textos bíblicos, nem é necesário ir a alguma Bílbia e lê-la de novo. E muitos fazem isso invertendo a ordem lógica, sábia e razoável das coisas.

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  3. Tanto calvinisas como arminianos sobrevivem teologicamente se engalfinhando - um depende da provocaçao do outro- equanto diante do mundo perdido, não manifestam nem de perto o mesmo ímpeto e ardor. Apropriando-se de uma linguagem de gueto, o teologês que ensorbebece e aliena, são incapazes, quase e muitas vezes de, de por a prova o que apregoam,face a fatos reais. Não precisamos nem de calvinsitas e nem tão pouco de arminianos, precisamose o mundo precisa, de crentes neotestametários como encontrados nolivro de Atos, com palavra de poder e sinais. Coisa que muitas vezes, irmãos dos dois grupos passam ao largo e nem se dão ao trabalho de indagar a luz das Escrituras. Não são centenas de teólogos nas prateleiras apinahdas de livros que nos tormam melhores "crentes", mas justamente a comunhão com o Senhor e a relaização da sua vontade que embora, segundo Ele, não sejam pesados, como é quase impossível colocarmos em prática. A Sua Palavra ( dEle ) certamente nos basta e se ( você está correto ) nos envolvemos em muitas e inputeis discussões estamos ( tomando emprestado o episódio de Marta e Maria, irmãs de Lázaro ) não escolhendo a melhor parte. A igreja é de menos, a teologia é de menos (espero que tenha ficado claro o lugar da teologia ) uma pessoa aprovada por Deus, será como osacerdote que no judaísmo o Senhor tinha falado que não morreria ser por os olhos no Salvador. E a Bílblia é rica em exemplos de pessoas entre pessoas que tinham a distinção de Deus por uma característica ou outra. Debatedores muitas vezes, e defensores de Deus são como os amigos de Jó, ou as vezes pior como os saduceus e fariseus. Não se trata de jogar pedra em João Calvino, ele fez o que por amor ao Senhor achou que deveria ser feito e nem de defendê-lo. Em ambos os esforços, para mim é perda de tempo e inutilidade, é reforçar seus erros ( a meu ver ) ou não reconhecê-los e não ter a referida e importante leitura do seu papel histórico. Só para lembrar, João Ferreira de Almeida era calvinista e nos legou a mais eficiente tradução da boa, santa, poderosa, graciosa, Palavra de Deus para a língua portuguesa. O Senhor usa quem quer, faz o que quer, Ele sabe todas as coisas, é justo juiz e usa homens e mulheres imperfeitas para produzir bençãos para os demais. Mas o foco não são esses homens, nem essas mulheres, nem os seus feitos.Davi foi péssimo pai, tinha uma visão pessimista a espeito das mulheres, fez guerras ( algumas pelo menos ) que Deus não mandou e não quis, se meteu em muitas confusões desnecessárias, mas de modo algum jogaremos seus salmos na lata de lixo.

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  4. Guardadas as proporções, penso ser a mesma coisa. Você está certo, a mediocridade do conhecimento das Escrituras é melhor do que tudo, elas falam a mim e não aos outros (pelo menos na ordem certa é assim, antes dos outros ), a teologia, mesmo sendo legítima, fala aos outros. Com base nela eu brigo com meio mundo, com a Palavra eu brigo comigo mesmo, pois ela semrpe será a luz que denunciará o que estará oculto em mim, indo até a mais profunda divisão do ser, levando-me a cotragosto, dicernir entre coisas e coisas, e aí sim se aprendida a lição corretamente, quem sabe poderei eu, abrir a boca e dizer alguma coisa ( parafraseando Jó novamente).

    De uma foram ou de outra, Nosso Deus o abençoe meu irmão, não se esqueça nunca, que o mais importante foi o seu encontro e o Seu amor pelo Senhor. Se predestinado ou não, pouco importa, se você olhar outros países outra pessoas da terra, da história, de outras épocas, de uma forma ou de outra, é um privilégio único, uma sorte, uma possiblidade, que não pode ser "azedada" por nada menor, é só louvar, agradecer e temer. O que passar disso é estupidez, orgulho e presunção. Somos muito sortudos, afortunados, abençoados, e sem merecimento algum. É sábio guardarmos o que temos, em temor... sem perscutar muito os porquês disso ou daquilo. é tão bom que Cavino um dia perguntou: por que as pessoas não aceitam essa salvação? Nós aceitamos, e não deve haver nada, nem o mundo, nem a própria igreja institucional, nem em nada menor, algo que nos roube o foco e a percepção do que é mais essencial, novamente tomando emprestado o episódio de Marta e Maria: nos tire a melhor parte, Um grande abraço querido.

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  5. jorge,

    Eis o Calvino que muitos desconhecem. Ao lê-lo, logo percebemos a inconsistência do que dizem ser o calvinismo de alguns como Clark ou Cheung diferente daquele ensinado por Calvino.

    Além de ler as Institutas, de onde, ainda, muita coisa sobre esta questão virá, você também poderá ler um pequeno livro seu, chamado "A providência secreta de Deus". Trata-se de uma reposta às acusações de Castellio contra Calvino, e neste livro, a exceção de como o faz nas Institutas, Calvino trás afirmações contundentes e consistentes sobre a soberania de Deus.

    Um forte abraço meu irmão.

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  6. Helvévio, meu querido,

    Você, dentre outras coisas, disse:

    "Tanto calvinistas como arminianos sobrevivem teologicamente se engalfinhando - um depende da provocação do outro- equanto diante do mundo perdido, não manifestam nem de perto o mesmo ímpeto e ardor".

    Duas são as razões pelas quais essa conclusão é um equívoco.

    1 - Calvinistas e arminianos não se resumem quantitativamente àqueles [nocivos e intemperante] que você conta na internet, e, por essa razão, qualquer estatística que neles se possa basear a fim de concluir algo abrangentemente sobre os grupos aos quais eles pertencem, será no mínimo improvável e no máximo, um absurdo.

    2 - Você não poderia provar que aqueles calvinistas e arminianos da internet, com base nos quais você concluiu sua incorreta conclusão, passam todo o tempo de vida que possuem na internet, sem que possam exalar o perfume de Cristo no bairro onde moram, na vida que possuem, a qual se estende muito mais do que algumas horas na internet. Você não os acompanha em suas vidas, em suas escolhas, trabalhos, enfim, alguns momentos na internet não podem ser a base de uma aferição pela qual o todo de suas vidas possa ser avaliada.

    Eu ainda exporia uma terceira razão: A quantidade dos sites nos quais calvinistas e arminianos só vivem por conseguir fazer ressaltar suas discordâncias não é maior do que a quantidade dos sites sérios onde, além de trazermos a nossa visão, a questão maior sobre o reino de Deus em nós é proclamada.

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  7. Caro Mizael, um grande abraço, satisfação em "vê-lo" ainda que virtualmente.

    É verdade, concordo com você que,"não se resume aos nocivos e intemperantes", mas é justamente sobre eles que falei. E que há de errado em falar deles, vale a velha máxima em uma variante não menos verdadeira: " oxalá carapuça se encaixasse na cabeça deles", portanto não é absurdo. Seria bom que ambos nessa condição tivesse a consciência da burrice que fazem. Senão posso, a título de um apontamento de erro real colocá-los no mesmo balaio, o irmão em defesa comete o mesmo erro, isso seria um dilema. Esse foi o ponto 1.

    Ponto 2, duvido que alguém como alguns, zombadores, orgulhosos e de argumentos desonestos, no mínimo sejam diferentes nas outras horas e momentos do dia, isso sim seria um desastre.

    Ponto 3, seria um trabalhão enumerar e verificar em loco, os sites e blogs sérios, de fato são muitos, mas aí prevalece a máxima: em nada nesse mundo o que tem qualidade é superior ou ao rasteiro. É como o número de salvos e de perdidos, de longe muito mais é o número e os que se perdem eternamente, muito menor o de santos e plenamente fieis a Deus, nem é preciso maior esforço para essa projeção ou constatação.

    Eu embora eu discorde de muita gente mas jamais zombo de suas convicções, e entre brigar por um detalhe e valorizar uma qualidade, escolho sempre a segunda opção.

    Quanto a minha acusação de que não gastam a mesma energia com incrédulos é algo tão fácil de ser constatado, a imensa maioria só sabe argumentar usando o outro como escada ( uma expressão da dramaturgia ), ou seja com base no que o outro diz, você cria e solta a sua própria fala, as vezes de improviso. È fácil para nós discutirmos entre nós, eu falo, você fala, são geralmente mesmas questões com visões diferentes, mas o mesmo não acontece com relação a quem não tem a mínima ideia do que se pretenda falar ou não se interesse inicialmente.

    O evangelho é uma grande coisa, a melhor das coisas a serem compartilhadas, com a vantagem de fazer acontecer, é o que ha de mais extraordinário na existência humana, o melhor "produto" ( não como produto material, por favor não me entenda mal ), é de fato uma grande novidade, é se podemos dizer algo sensacional, precisamos aprender a falar com essa energia, urgência e grau de excelência e novidade a todos. Por razões internas de nosso grupo, perdemos muito disso.

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  8. Ao invés disso ficamos a atirar farpas uns nos outros. Tenho revisto alguns sites, blogs e postagens e infelizmente, alguns arminianos são tão virulentos e desrespeitosos com calvinistas quanto os últimos com eles. E como o Jorge já disse, há um prazer nisso. Eu não sou calvinista, mas você pode perguntar ao Jorge, sem que eu veja: nunca o desanimei, nunca disse algo para que ele deixasse de ser calvinista, nem antes, nem depois e e nem agora. O conheço, seu amor e dedicação ao Senhor são absolutamente exemplares, perto de coisas que explicamos diferentes isso é um detalhe inexpressivo.

    Eu não me ofendo com nada que se diga sobre calvinista ou arminianos, não estou incluído em nenhum dos dois grupos, não tenho disposição pessoal para apaixonadamente defender nenhum dos dois (digamos de passagem, defuntos) embora reconheça o papel histórico de cada um e como cada um respondeu aos desafios relacionados à fé em seu próprio tempo.

    Eles não teriam ( como não tiveram ) visão do tempo em que vivemos hoje, ao contrário o Senhor de todos nós, é antes de todas as coisas, e está vivo, a Ele sim, e sobre as palavras dEle deveríamos direta e primariamente dedicar toda a nossa atenção.

    Fiz um estudo sobre o Islamismo nessas férias, revi algumas coisas e me surpreendi com coisas bem piores, entre elas o perigo da terceira onda islâmica sobre o mundo. É uma religião, dentre as forjadas no inferno, a com maior poder contra o cristianismo, seja sob qualquer forma for, e enquanto o perigo se avizinha, gastamos pólvoras uns com os outros, mais que com o mundo, ora falando a nós mesmos para nosso próprio prazer e ora contra desafetos teológicos. Se temos certeza do que cremos não precisamos de reafirmação, levemos a mensagem aos outros de fora. Se pentecostais e neo pentecostais tem maior grau de sucesso com o "zé povinho", muitos calvinistas mais eruditos ( e não só ) deveriam atacar os guetos acadêmico, usando o discurso mais elaborado junto aos incrédulos, mas não o fazem. Você pode dizer que eu esteja novamente tendo imaginações, mas é a verdade.

    Criei um blog neutro, não religioso, para que tanto calvinistas e arminianos, enfim todos, em um campo neutro exponham as suas convicções explicando com olhos nos fatos para os incrédulos, e aproveitando e falando de sua respectiva fé. Apareceram por lá para dar opinião: espíritas, agnósticos, ateus, nenhum crente foi lá dizer nada...provocar mais questionamentos, expor a sua cosmovisão baseada nas Escrituras, e aí?

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  9. Helvécio,

    Se ao invés de ter dito isso...

    "Tanto calvinistas como arminianos sobrevivem teologicamente se engalfinhando - um depende da provocação do outro- equanto diante do mundo perdido, não manifestam nem de perto o mesmo ímpeto e ardor"

    ... Tivesse dito isso, o que em seguida e como resposta ao que eu disse você argumentou...

    "Ao invés disso ficamos a atirar farpas uns nos outros. Tenho revisto alguns sites, blogs e postagens e infelizmente, alguns arminianos são tão virulentos e desrespeitosos com calvinistas quanto os últimos com eles".

    ... Eu sequer me preocuparia em respondê-lo, visto que isto é verdadeiro por tocar, de forma justa, especificamente em um problema real, enquanto que aquela frase primeira me pareceu um tanto genérica, e mesmo que seu intento não tenha sido esse, a maneira como a frase foi construída arvorou contra sua intenção.

    É muito comum ver uma afirmação genérica sobre a questão com o propósito de distanciar a discussão e fazê-la vaga, sob a alegação de que os que discutem não evangelizam não se preocupam com a pregação do evangelho aos pecadores, etc.

    Como esse não foi o seu caso, segundo aquilo que você disse, favor desconsiderar minha objeção e então, caso encerrado.

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  10. Agora sim Jorge. Esse vai pro Audível pode? Essa é a primeira vez que aqui comento embora sempre li seus textos. Agora acertou na veia. Uma dica - o mesmo se aplica a Cheung a Clark, Hoeksema e outros. Eles não são tão consistentes como aparentam todavia não são "calvinistas" politicamente corretos (quem lê entenda).

    Uma coisa a Bíblia não permite e nisso você nunca errou apesar de inúmeras tentativas de "gente grande" (elite diplomada) tentarem refutá-lo. Não há compatibilidade ente Soberania e liberdade considerando-a um tipo de autonomia absoluta do homem.

    Agora quanto as explicações de como se dá a dinâmica entre Soberania e responsabilidade humana a abordagem que você escolheu agora foi a melhor. Você eu não somos ninguém na história, mas a história está a seu favor. Clark ainda não me convenceu com o seu pressuposto de que o conhecimento implica responsabilidade. Ainda não tenho resposta para isso, admito... Mas engolir o compatibilismo para sermos "calvinistas' politicamente corretos é injustiça com uma consciência sincera em busca de respostas coerentes e que realmente satisfazem a alma.

    Se alguém consegue viver em paz com a questão abordada em seu texto está convicto bem, mas aqui vai o meu sincero encorajamento para que você continue buscando e não se intimidando pela elite robotizada por seminários de uma elite que insiste em se acovardar por interesse financeiro e ministérios e ainda uma reputação (e emprego) a zelar.

    Parabéns pelo post. Aguardo sua autorização para narrá-lo para o Audível.

    Abraços!

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  11. Apesar da melhora nos últimos dias, tive uma recaída, hoje, o que me impossibilita de escrever pelo note, e no smarthphone não dá. Responderei aos comentários em breve, se Deus quiser. Mas quero reiterar ao pr. Rupert o que lhe disse no passado : qualquer texto meu está à sua disposição, agora e sempre. Fique à vontade!

    Em relação a este, especificamente, se há algo a se aproveitar não é o que escrevi, mas o que Calvino escreveu.

    Abraços, e até breve!

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  12. Reciban muchisimas bendiciones desde mi blog www.creeenjesusyserassalvo.blogspot.com
    Desde El Salvador Centroamerica.

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  13. Pastor,

    disseste tudo. Pode-se não concordar com Calvino, mas dizer que ele diz o que não diz e afirmar o que ele não disse como dito não é honesto, e, até mesmo, desonroso para com o pensamento do reformador.

    Quanto à ousadia, penso que Isaías e Jeremias, para citar apenas dois profetas, o foram muito mais; e qualquer um que ler seus livros verá que Calvino apenas reproduziu doutrinária e sistematicamente o que eles disseram, como instrumentos pelo qual o Senhor falou.

    Grande e forte abraço!

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  14. Helvécio,

    concordo com algumas coisas e discordo de outras que disse. Não entrarei no mérito delas porque o objetivo do meu texto foi mostrar que existem calvinistas que não seguem os princípios estabelecidos por Calvino e, ainda por cima, detratam e desprezam aqueles que o seguem. Então, mais do que uma discussão se o Calvinismo está correto ou não, o que me interessa é mostrar que a calvinistas que sequer leram ou entenderam o Reformador, e saem por aí como a "encarnação" do próprio. Se ele é a última palavra quanto à doutrina formulado por ele, por que não o acompanham em tudo? Mas parece que, assim como fazem com a Bíblia, alguns se interessam apenas pelos pontos que lhes são convenientes, aos quais suas mentes estão acomodadas, rejeitando o restante.

    Porém, penso que você foi infeliz ao dizer que a teologia de Calvino é espúria. A palavra espúria quer dizer aquilo que é bastardo, ilegítimo, falso, e de que ela não é cristã. Se não é, todos nós que a professamos também não somos, o que nos torna em também em bastardos, ilegítimos e falsos, o que não nos faz em irmãos.

    São esses rompantes que geram, muitas vezes, as discussões acalouradas, gerando embates desnecessários e ofensivos. No seu caso, sei que não foi a intenção, mas a prudência deve ser uma virtude cristã.

    Grande e forte abraço!

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  15. Mizael,

    é, esse me parece um grande problema. Como o estudo não tem sido uma marca do cristão, muitos dizem ser o que não são. O pior é que, quando se lê Clark ou Gill, por exemplo, os calvinistas arrepiam-se todo, como se fossem parte de uma casta de hereges. Mas eles simplesmente repetiram o que o próprio Deus diz de si mesmo na Escritura. Parece, então, que não lêem-na também, ou a lêem com lentes diminutas, o que a torna inlegível.

    Nesse caso, fico com a Bíblia, fico com Calvino, fico com Clark, e qualquer um que não tenha medo de afirmar a verdade. Como disse no comentário anterior, qualquer cristão que ler ao menos Isaías, Jeremias, João e Romanos, não terá dúvidas de que os chamados "calvinistas extremados ou radicais" estão em conformidade com eles.

    Grande e forte abraço!

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    1. Quando eu leio Clark, eu me arrepio todo, mas é de emoção! Preparando uma EBD sobre missões e trabalhando o tema "escatologia e missões" é que, pela primeira vez, ouvio falar nele: “Clark fala corretamente da inspiração orgânica. Ele aponta que, embora a partir de certo ponto de vista a Escritura tenha sido ditada, pois foi verbalmente inspirada, todavia, a inspiração é mais que ditação por causa da verdade da predestinação e providência. Isto é, todos aqueles a quem Deus usou para escrever a Escritura foram determinados por Deus, desde a eternidade, para cumprir esse papel e foram preparados pela providência soberana de Deus para essa obra. Assim, todas as circunstâncias de suas vidas foram determinadas e soberanamente controladas*” - O Martelo de Deus, de Gordon H. Clark (Prof. Herman Hanko). Assim, depois que li isso nunca mais deixei de procurar textos dele.

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  16. Pr. Rupert,

    sinto-me honrado duplamente: pela possibilidade de narração do meu texto no Audível e por seu primeiro comentário.

    Concordo em gênero, número e grau com o irmão, inclusive em relação ao argumento de Clark, que também não me convenceu [com isso, não digo que ele esteja errado, por hora não estou convicto].

    Há coisas, certamente, das quais não entendemos e não compreendemos, e que, talvez, jamais entendamos, mas naquilo que a Bíblia claramente nos revela [e, novamente, uso como exemplos Isaías, Jeremias, João e Romanos, livros que, após lê-los, convenci-me da absoluta soberania divina, antes de saber que havia Calvino e Calvinismo] não sei o porquê da resistência e insistência em não reconhecer como verdade límpida e clara. O compatibilismo [que alguns também não reconhecem em seu pensamento] possibilita afirmar-se algo e negá-lo ao mesmo tempo. Mas a Bíblia não nega o que afirma, nem põe dúvidas no certo, então, por quê? Por que a obstinação em negar a verdade?

    Obrigado pelo incentivo. O irmão, já há muito, tem-me estimulado à meditação, investigação, e sou-lhe muito grato.

    Grande e forte abraço!

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  17. Querido Jorge, é claro que não a ênfase da frase não é a generalização. Já explico:

    1) Gostei muito que o irmão Mizael tenha entendido a generelazição resultante da economia resultante do próprio espaço para comentários, em um texto mais direto.

    2) Gostei do menso modo da denúncia do Pr Rupert acerca da submissão do pensamento por teólogos e pastores profissionais às denominações, igrejas e instituições de ensino que lhes dão sustento e pagam seus salários, eles não são livres e são papagaios que mantém sempre um discurso conveniente.

    3) Meu pensamento sobre João Calvino é radical e justo, poderia ser duro com ele e dedicar esforços a destruir o seu pensamento mas, como demonstrado em meus textos lá no meu blog, a minha luta é justamente em reconhecer o eu fez, como foi feito, diante do mundo ao seu redor. A grosso modo é como Davi, péssimo pai, adúltero, assassino, rei, mas produtor sob o agrado de Deus de preciosas e precisas porções das Escrituras. Não é necessário julgar Calvino, fez mais e melhor do que qualquer contemporâneo cristão faria. Isso se aplica a todos os crentes que ou guardaram a sua fé ou tentaram levá-las a outros com o custo muitas vezes de suas próprias vidas.

    4) Em um debate somos as vezes extremamente delicados e falsos (o que é pior ) ou de sinceridade quase pornográfica, agressora contra nossos oponentes. A questão minha não é julgar Calvino nem tão pouco calvinistas, mas analisar o resultado ( ou os ) de nossas cosmovisões. Cristãos e crentes somos não a partir da teologia esposada, que sempre é apenas consequente à experiencia cristã. Ao encontrar-se com o Senhor, ao ter com Ele uma experiência real, nenhum de nós era pentecostal, adventista, batista, presbiteriano, arminiano e / ou calvinista. Adquirimos natural e legitimamente essas posições e identificações. E a meu ver elas não são importantes.

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  18. 5. João Calvino não era um simplório, era um intelectual, letrado,talvez mesmo com traços de genialidade humana, isso há cinco séculos! Era versado e capaz de produzir como produziu pensamentos bastante elaborados. As questões abordadas e por ele expostas não são decididamente fáceis. Nos levam mais a discussões analíticas do que sintéticas. E na síntese é que se descobre a sua incoerência.

    6-Questões basilares como a total veracidade da Palavra de Deus, Soberania de Deus, Salvação pela Graça, condenação eterna, deidade e humanidade de Cristo, a queda do homem, estão todas lá. Na análise é que há erros que para o crente não interfere em nada. Afinal é no conhecer a Deus e ser conhecido por Ele em uma relação de comunhão que consiste a real vida cristã. Erros todas as teologias cristãs (falando do arraial evangélico ) as têm, quando se esforçam por condição natural de construção de um conhecimento, em explicar todos os detalhes. Vide por exemplo a área da escatologia (só como um exemplo )

    7-Mas se o calvinismo alcançar um maior número de pessoas e essas pessoas forem salvas pela mensagem e adotarem a confissão reformada, não sou eu que deva ou possa julgá-las. Gostaria que muitos calvinistas ( e arminianos, ou qualquer outros ) fossem como você, você, meu irmão, é certamente um exemplo de piedade e dedicação ao Senhor, para mim inclusive. Sem isso nenhuma posição é válida.

    8-Eu não combato o calvinismo, a minha intervenção às vezes, é para uma revisão, no que se refere á pregação ao mundo perdido. Respeito a opinião de vocês todos, do irmão Mizael, da sua, do pastor Rupert e outros mais, mas a expiação limitada sintetizada na leitura de João 3:16 ( repito, sei o porquê o raciocínio de João Calvino resultou na resposta dada por ele mesmo) é para mim sim espúria ( no sentido de ser um erro), mas longe de mim de ser indelicado e combatê-los ( mesmo porque não é isso que devemos fazer uns com os outros ) no espaço de vocês. A minha ênfase é: unamos força no testemunho, falemos do Senhor daquilo que experimentamos, o resto são detalhes. Somos testemunhas, nós todos O amamos e nEle, só m Ele esperamos. E as pessoas não tem nem ideia do que isso seja. Desculpe a confusão e que nosso Deus o continue a abençoar como aos demais irmãos sempre. Um abraço.

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  19. Ah esqueci,

    é claro que qualquer palavra tem um peso de acordo com um de seus vários significados. Usei ot ermo "espúrio" com o significado de "inoportuno", "inapropriado" julgando-se a meu ver as consequências das afirmações de João Calvino e não no sentido mais conhecido de "bastardo" , "apócrifo", "falsificado" ,etc. Quando se quer ofender escolhe-se normalmente o pior dos sentidos ou significados disponíveis, mas esse não foi o caso. Devidamente esclarecido, peço desculpas a todos e principalmente a você meu irmão.

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  20. A falta de leitura atenta e exaustiva, pelo menos por tópicos do sistema calvinista, é a causa de muitos equívocos de seus críticos e até de seus defensores.
    No meio presbiteriano há uma corrente que defende a participação de crianças (até mesmo as de colo) na celebração da Santa Ceia e invocam Calvino como autoridade para tanto. Não sei onde pinçaram e mesmo se pinçaram textos prova em obras de Calvino. Se o fizeram, foi fora de contexto.

    A verdade é que Calvino escreveu explicitamente contra.

    Fui feliz em um trabalho que escrevi quando estudava no Andrew Jumper - "O Papel da Ceia do Senhor na Liturgia de Calvino". Ao debruçar-me sobre esse tópico, tive que ler todos os comentários de Calvino onde a celebração da Santa Ceia foi citada.

    A leitura deste trabalho está disponível em http://goo.gl/RoyWG.

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  21. Querido Jorge irei sim Deus me permitindo narra este texto para o Audível.

    Como você, descobri que era Calvinista uma ano e meio após ter sido expulso da igreja que congregava por uma comitiva de seis pastores justamente por causa de minha leitura da Palavra de Deus. Na época quase fui convencido de que estava criando uma nova seita. E o rótulo de herege durou pelo menos uns quatro anos.

    Foi lendo primeiramente Clark, Calvino e mais tarde Cheung (em inglês pois ainda não conhecia o site do Felipe) que encontrei alívio e vi que não estava louco.

    Quando descobri o site do Felipe, o monergismo.com foi como encontrar um oásis.

    Identifico-me com você e o tenho em grande estima. Como já lhe disse anteriormente, você escreve bem, faz perguntas certas, honestas e provocativas não meramente para levantar polêmica passando aquela má impressão agressiva e arrogante que noto particularmente em Lutero, Beza e no Cheung. Você trata do assunto de modo diferente e mui atrativo.

    Concordo com você em muita coisa, aliás de fato ao meu ver a Doutrina da Simplicidade de Deus por si só, não me permite fazer uma leitura compatibilista das Escrituras. Em outras palavras, crer que uma criatura possua em qualquer sentido autonomia na mente de Deus à luz dessa doutrina é o mesmo que crer em papai noel ou saci-pererê. Não consigo mesmo!

    Todavia, também não consigo dar pleno suporte exegético para sustentar pressupostos (que não vem ao caso mencionar agora) e ainda ficar isento de conflitos em minha leitura da Bíblia. Por isso ainda uso termos tais como paradoxo e mistério ainda que não os aprove intuitivamente.

    Acho muito perigoso caminhar na beira desse “precipício” sem estar plenamente seguro. Mas sou encorajado quando vejo outros como você caminhando tranquilamente com a finalidade de glorificar a Deus. Isso me traz ânimo para prosseguir estudando.

    Mais uma vez, obrigado pela autorização. Abraços!

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  22. Caro Jorge, você afirmou:
    “a Bíblia não nega o que afirma,” […]
    - correto.

    nem põe dúvidas no certo, […]”
    - porém é necessário que este "certo" seja apontado, definido e aceito de modo universal seja qual for o contexto Bíblico em que ele estiver inserido para que a sua pergunta seja coerente.

    sua pergunta:
    “[…] então, por quê? Por que a obstinação em negar a verdade?"

    - Ok, se A Verdade for definida a partir de um reducionismo lógico da revelação de Deus com respeito a sua Soberania (que parece ser o caso aqui), talvez sim, possivelmente eu estaria negando A Verdade.

    O problema é que seria necessário, objetivamente que a Soberania de Deus sendo assim demonstrada não gerasse consequências absurdas segundo a própria lógica e a racionalidade pressuposta na própria Escritura. E caso seja possível remover esse obstáculo, seria necessário valer-se de uma hermenêutica irrefutável e em toda a extensão da Bíblia.

    Isso é o que chamo caminhar à beira de um precipício. E confesso que embora gostaria ainda não tenho essa plena confiança com relação a essa consistência na hermenêutica.

    Tenho muito que aprender. Ainda não vi ninguém conseguir tal proeza embora Clark (modestamente) e Cheung (muito confiadamente) reivindicaram terem conseguido. Sejamos honestos, ambos estão carregados de contradições e afirmações até comprometedoras.

    Mas de forma alguma entenda-me como um pessimista procurando desanimá-lo ou defendendo-me visto que na verdade também tenho buscado o mesmo que você. Pelo contrário, desejo que você continue persistindo.

    Um amigo nosso (do facebook), sugeriu que eu marcasse um encontro com Cheung que mora apenas três horas e quarenta minutos daqui de casa. Achei excelente a idéia. E se Deus me permitir irei sim tentar conhecê-lo pessoalmente e passar um final de semana em Boston com ele.

    Acho que mais ou menos há dois anos atrás eu te disse que um dia sairia da toca lembra? Aqui foi um bom lugar para apontar a cabeça rs…

    abraços!

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  23. Helvécio,

    como lhe disse, não entrarei nos muitos pontos que você aborda, apenas fiz uma ressalva, não por melindre ou por me sentir ofendido, e sei que a sua intenção não foi a detratação, mas dizer que não concordava com a teologia de Calvino; por isso, fiz questão de alertá-lo para o cuidado, pois quem o lê e não o conhece pensará que a sua pecha a Calvino signifique a demonização dos calvinistas.

    Logo, não tenho de desculpá-lo, ainda que o perdoe por não ser calvinista [rsrs].

    Abraços

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  24. Pr. Marco Antônio,

    todos deveriam agir assim, investigando e meditando, ao invés de aceitar a coisa pronta, como se fosse quando não é, já que, infelizmente, o homem tem uma tendência a acrescentar ou tirar algo do que está pronto e acabado, no caso, a vontade expressa de Deus. Se ao fazê-lo, ainda estamos sujeitos ao erro, dada a nossa imperfeição, o que dirá se não atentarmos ao cuidado de examiná-la?

    Lerei sua monografia, já que o assunto gera muitas dúvidas, especialmente entre os reformados.

    Grande e forte abraço!

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  25. Pr. Rupert,

    também o tenho na mais alta estima, como um servo dedicado ao serviço do Senhor. É claro que não haverá concordância em tudo, e sei de algumas que tem quanto ao que penso e defendo, o que não nos impede de tratar-nos mutuamente respeitosa e com apreço, sabendo que nem eu nem o irmão somos infalíveis, graças a Deus, pois somente ele é.

    Posso estar errado em muita coisa, e sei que estou, mas não bastará dizer que estou equivocado, mandar-me estudar antropologia, sociologia, filosofia ou exegese, como resposta. Dizer também que não sou hábil não responde as questões que proponho; e da minha inabilidade, sei-la melhor do que qualquer um, e não temo assumi-las.

    Sobre conflitos, tenho-os aos borbotões. E mesmo em coisas tão claras como a soberania divina, me vejo perguntando após ler trechos bíblicos: por quê? O que não me tira a paz, nem a esperança, nem a certeza de que o Senhor está no controle [não da boca para fora tão somente, mas a convicção de que a minha ignorância não pode anular as certezas que Deus nos revelou inexoravelmente em sua palavra]. Não tenho todas as respostas [até porque não tenho todas as perguntas também], e sei que não as terei, mas não porei dúvidas onde elas não cabem, onde as afirmações são inapeláveis.

    Creio no sobrenatural; não creio na infalibilidade da razão, mesmo no crente, naquele que tem a mente de Cristo. O Espírito nos dá o discernimento, de como pensar e agir [e os meios para os alcançar], mas, no estado atual, de redimidos, ainda assim permanecemos pecadores e, como tais, sujeitos a erros e contradições. O problema central aqui é que, ao invés de se buscar repará-las, dá-se-lhes estímulo para crescimento. Como se fosse mais nobre e espiritual a dúvida do que a certeza. Mas a fé não é dúvida, conforme o apóstolo nos diz em Hebreus. Então, não sei porque o orgulho em tê-la, como se fosse um estágio superior de intelectualidade e espiritualidade.

    Se há contradição em Calvino, por que não haveria em Clark e Cheung ou em qualquer outro crente? Se há em Agostinho, por que não em mim? Como o irmão me disse, tem gente que canoniza certos homens, mas não quer carregar o fardo da canonização. Gostam de estar associados a eles, mas não às suas ideias. E, o que é pior, desonram-no quando desprezam o seu ensino, afirmando aquilo que não disseram.

    Uma visita ao Cheung seria interessantíssima, mas pelo que o Felipe disse, o homem é arredio a exposições. Uma entrevista, e publicá-la em um dos seus sites, seria um "furo" [rsrs].

    Fico feliz que o irmão tenha saído da "toca", ainda mais me dando a honra de desentocá-lo [rsrs].

    Mais uma vez, obrigado!

    Grande abraço!

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  26. Jorge, meu querido!
    Mano, não posso tomar por carapuça o "sábio" e espero não ser contado entre os "detratores", mas ainda posso dizer que concordo com Calvino e que concordo com certas conclusões de Cheung e Clark, mas também que discordo fortemente da argumentação destes enquanto a daquele me delicia! E não há em Calvino qualquer senão às minhas críticas (aliás, ao contrário), entre elas a de racionalismo. Pelo que o seu desabafo me é incompreensível (ao menos, tal qual posto).
    Mas também não quero entrar em mérito. Apenas achei por bem dizer de mim, seja lá o que você tenha ouvido alhures de outros.
    Abração, mano.
    NEle,
    Roberto

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  27. Ah, você colocou captcha também! Agora não pode mais reclamar do meu blog. rsrsrsrs

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  28. Roberto,

    sabe da estima que tenho por você, e a concordância ou discordância não impede a fraternidade.

    A questão não é se Calvino está certo ou errado [não entrei no mérito], mas se os "calvinistas" sabem realmente o que é o seu pensamento. Pois, parece-me que não sabem ou fingem não saber [refiro-me ao grupo ou grupos que afirmam que Calvino disse o que não disse, quando o que ele diz é ignorado]. E o meu "desabafo", que você não compreendeu, refere-se a isto, ao fato de que o pensamento de Calvino, dito pela boca de outros, é tido como heresia ou ignorância, quando o reformador diz-lo e chega às mesmas conclusões que eles. Os detratativos impostos a uns não são aplicados quando a pessoa de Calvino está em questão. Mas se os pensamentos são os mesmos, o que o difere dos outros? E não estou a falar de estilo, talento literário, erudição... É mais ou menos como se um cego recobrasse a visão, olhasse para o céu, visse o sol, e perguntasse o que era. E alguém respondesse: isso é coisa da sua cabeça, não tem nada lá! Mas acontece que o sol está lá, assim como as afirmações de Calvino também estão lá, na sua obra.

    Agora que estou a lê-lo, efetivamente, Calvino me parece superior em quase todos os aspectos aos teólogos que já li, o que não tira o mérito dos demais naquilo em que foram bíblicos... Neste pequeno trecho sobre a providência, o reformador deixa claro muitos fundamentos que a maioria dos "calvinistas" rejeitam [a dupla predestinação, por exemplo], mas não rejeitam o rótulo, nem Calvino, inclusive apelando para ele como testemunha do que não disse, o que seria engraçado se não fosse trágico. É como aquela piada do rei nu que todos o viam vestido [não me lembro agora como é... algo mais ou menos assim].

    Então, meu problema não é pessoal, com um ou outro especificamente, mas com uma mentalidade que grassa entre nós, aparentemente espiritual mas que em seu princípio não me parece honesta e, chego a acreditar, carnal.

    Sobre racionalismo, entendi muita coisa que não sabia através de você e do André [aos quais agradeço publicamente], mas ainda que as explicações, a argumentação sobre o porquê de certos fundamentos não me convença, não exclui a legitimidade e biblicidade dos fundamentos. Ao repetir a Bíblia, por exemplo, na questão do mal, Clark e Cheung ecoaram Calvino; se erraram na exposição, o mérito da conclusão não pode ser anulado. Mas esta é outra história...

    O que vale perguntar é: o que é Calvinismo segundo Calvino? Quem conhece e segue o seu pensamento?

    Talvez a leitura dos próximos três volumes das Institutas me dê a resposta... talvez...

    Grande e forte abraço!

    PS; que raios vem a ser "captcha"? Não entendi nada... [rsrs]

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  29. Caro Jorge

    Estou deveras ocupado.

    Todavia não resisti ao seu convite e li alguma coisa das institutas, escolhido aleatoriamente e depois totalmente fisgado pelo texto e pelo estilo do autor, vim aqui no seu pequeno cantinho e li este seu texto.

    Fiquei apaixonado por Calvino... risos...

    Muito obrigado por ter-me enviado as Institutas.

    Está de fato na hora de ler os textos de Calvino.

    E ele é muito bom.... risos....

    2013 promete...! risos...

    Em tempo, gostei do comentário do Sr. Rupert quando fala sobre a explicação conhecimento x responsabilidade.

    De fato ela me parece correta e bíblica (a explicação) todavia como ele (Rupert) eu a acho também pouco convincente (Na verdade eu a acho pouco inteligível para mim).

    Ele (Rupert) também percebeu a "severidade" do estilo de Cheung ao escrever.

    Mas que ele (Cheung) é bom é... risos...

    Este Rupert é um "cabra bom".
    Teve "estalos mentais" parecidos com os meus (E por isto bom... risos...)

    Desconfio que para alguns, não existe o tal "precipício", desde que este possa ter sempre em mente que ao mesmo tempo, de forma inexplicável (hoje) Deus é Santo e sempre o será.

    Saiu da toca e fez muito bem (Com muita lucidez).

    Seja meu amigo, meu caro Rubert e me escreva no oliveira@monergismo.com

    Tenho algumas coisas para lhe perguntar sobre ditos de Cheung, de quem muito gosto, mas que também discordo aqui e ali.

    Me convida (ahh se eu pudesse ir) para o café com o Cheung.

    Acho (Pelo pouco que li) que Calvino hoje poderia ser rotulado como "hipercalvinista", como nós temos sido por alguns... risos...

    Eu também não sei o que é "captcha".

    Abraço!

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  30. Pastor Rupert, esse testemunho de expulso de uma congregação, depois de uma "sabatinada" ( imagino ) algo muito triste e recorrente por várias razões... infelizmente,não é prova de amor e nem de mais nada.

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  31. Natan,

    parece que Calvino gera amor e ódio, à primeira vista, e em alguns um ódio dissimulado que se transfere para o seu pensamento, distorcendo-o. No meu caso, foi assim também, pois sempre li trechos aleatórios de suas obras, na maioria das vezes por conta de outros livros que o citavam, então, ia na versão clássica da CEP e conferia se de fato era aquilo mesmo que dizia [comprei depois a versão da UNESP também]. Somente há um ano atrás é que me decidi a ler toda a sua obra de cabo-a-a-rabo e, ontem, terminei o volume I. Vou e volto várias vezes no texto, e sempre encontro algo novo que havia lido e não percebido. Mas a parte referente à Providência Divina é realmente um achado e tanto; e penso que muitos calvinistas que o lerem descobrirão que não eram calvinistas, eram meios-calvinistas, se tanto.

    Talvez, por defender o seu pensamento de forma irrestrita, Clark e Cheung e Gill sejam considerados hipercalvinistas, e atraiam para si tanta indignação e revolta, o que Calvino não provoca [entre nós, quero dizer], e pelos motivos que já apontei.

    Conheço o pr. Rupert melhor do que você, não tanto como gostaria e deveria, e posso dizer-lhe que é mais do que isso: um amigo e irmão como poucos conseguem ser.

    Agora você não tem desculpas, vá e leia Calvino, se possível, e a curiosidade deixar, desde o início. Assim é melhor para se entender o pensamento do reformador... E não preocupe com o tempo, gaste-o meditando e ruminando em tudo o que escreveu.

    Grande e forte abraço!

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  32. Mais um trechinho do que Calvino diz a respeito daqueles que alegam falsa ignorância como sinal de modestia:

    "Mas, visto que até aqui mencionei apenas coisas que são transmitidas na Escritura de forma clara e sem ambigüidade, é preciso ver os que não hesitam em tisnar os oráculos celestes de sinistras marcas de ignomínia, e de que gênero de censura fazem uso. Ora, se com falsa aparência de ignorância anelam ao louvor da modéstia, que de mais altivo se pode imaginar que opor à autoridade de Deus uma opiniãozinha insignificante: “Meu parecer é outro”, ou: “Não me agrada abordar isso”? Se ao contrário se põem abertamente a maldizer, que proveito fruirão arremetendo-se contra o céu a cuspir?"
    [Institutas, Vol I: "A vontade de Deus é una e soberana"]

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  33. Um livro ai pra vcs lerem...

    http://www.4shared.com/office/vmI7hQlW/Laurence_M_Vance_-_O_Outro_Lad.html

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  34. ESTE É O MEU LIVRE PENSAMENTO: Calvinismo, a rigor, NÃO EXISTE. Aliás, a rigor ou sem rigor, Calvinismo NÃO EXISTE. E não existe porque o próprio francês Calvino isso CONFESSA em seu ajuntamento de palavras chamado 'Institutas' que ele ESCREVEU BASEANDO-SE INTEIRAMENTE NOS "ENSINAMENTOS"(sic) de um Padre Católico-Romano conhecido como Agostinho de Hipona. Aliás, Calvino faz as maiores mesuras em relação a esse Padre Agostinho, chamando-o por adjetivos como "SANTO", "SANTO HOMEM" etc. etc. Portanto, Calvino, não teve nem mesmo originalidade, eis que "sua doutrina" não é sua doutrina, mas doutrina ou tese do Padre Agostinho. Segue-se que, por maiúscula lógica, as pessoas que se rotulam de "calvinistas" deveriam rotular-se de "AGOSTINIANISTAS" ou algo símile (considerando que apreciam tanto esses rótulos). E uma curiosidade impressionante: O gaulês João Calvino (aquele mesmo que, "piedosamente", queimou vivo Miguel Serveto), não obstante "inspirando-se" nos escritos do Padre Católico-Romano Agostinho, apregoa em grandes letras no livro 'Institutas' que a Organização Religiosa Católico-Romana representa, entre outros adjetivos por ele utilizados, ASQUEROSA MERETRIZ. Como se vê, e por incrível que pareça, João Calvino “inspirou-se”(sic) num representante da organização por ele reputada como ASQUEROSA MERETRIZ!! Que “fonte” de inspiração!!!

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  35. Para todas as pessoas (pouquíssimas!) que já se detiveram nos escritos do João Calvino, hão de ter ficado muitíssimo perceptíveis as flagrantes e gritantes distorções bíblicas por ele cometidas e, no entanto, "aplaudidas" por seus seguidores, os quais se rotulam de "calvinistas", embora rotineiramente OMITAM TUDO O QUE POSSA SER ALGO "COMPROMETEDOR" A RESPEITO DESSE FRANCÊS. E eu enfatizo: SÃO MUITAS AS OMISSÕES PROPOSITAIS DE CALVINISTAS A RESPEITO DE JOÃO CALVINO, tanto como doutrinador, quanto como homem símile a qualquer outro, sujeito às mesmas paixões. Se você quiser conhecer essa tese calvinista, não se deixe influenciar por discursos de quem quer que seja. Leia os livros-teses de João Calvino, principalmente aquele chamado de "Institutas" e prepare-se para estarrecimentos após estarrecimentos. Use sua própria capacidade de raciocínio e compreensão que DEUS LHE DEU, ou seja, leia o livro "Institutas" e tenha à mão a Palavra de Deus (Bíblia), imitando os habitantes de Beréia e provendo-se de santa prudência, tendo fixo na mente que AS COISAS ESPIRITUAIS SE DISCERNEM ESPIRITUALMENTE; JAMAIS, INTELECTUALMENTE OU "TEOLOGICAMENTE"; JAMAIS, POR OUVIR INFLAMADOS ESTARDALHAÇOS DE APOLOGIA; JAMAIS, POR ANÉIS DE GRAU ORNAMENTANDO DEDOS.

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  36. Se você eventualmente discorda da tese da predestinação, sabe o que o francês Calvino diria a seu respeito? QUE VOCÊ É UM CÃO IMUNDO, UM PORCO, UM SUÍNO. Estas palavras constam "solenemente" no seu conjunto de escritos que ele intitulou de "Institutas da Religião Cristã".

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  37. Sabiam que o gaulês João Calvino, no mesmo livro cuja autoria se arroga (mas que, na verdade, é uma paráfrase aos escritos do Padre Agostinho), "revogou" algumas passagens da Bíblia? Ele diz e afirma e assevera que os dizeres maravilhosos do Livro de Tiago 5:14-18 "NÃO SE APLICAM AOS NOSSOS DIAS"!!

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  38. Não obstante os assim chamados calvinistas ISSO OMITAM COM FERROLHOS, João Calvino define com "maestria"(sic) a predestinação, dizendo que "o homem ou a vontade humana é como um CAVALO que pode ser montado por Deus ou pelo diabo...". Em outras palavras, segundo a ótica e a "doutrina"(sic) do huguenote Calvino, o ser humano (a vontade humana) não passa de uma cavalgadura ou montaria eqüídea!! A propósito, NENHUM CALVINISTA (ao que eu saiba) PREGADOR OU LÍDER DE QUALQUER DENOMINAÇÃO RELIGIOSA QUE ADOTA ESSAS TESES (TESES) TEM O DESTEMOR DE ISSO DIZER EM ALTO E BOM SOM DURANTE SUAS PRÉDICAS SOLENES, DIANTE DE GRANDE AUDIÊNCIA OU DE MACIÇA PRESENÇA DE PESSOAS. Por quê? Aliás, NÃO APENAS ESSA NUANÇA É OMITIDA, MAS VÁRIAS OUTRAS RELACIONADAS ÀS TEORIAS DO GAULÊS CALVINO. Por quê? Por que calvinistas ocultam variantes das idéias de Calvino, expostas em livro chamado 'Institutas'?

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  39. Outro triste exemplo de facetas propositadamente omitidas pelos calvinistas diz respeito à afirmação ou à assertiva de João Calvino dando conta de que ele teria feito uma "parceria"(sic) com Deus com o fim de escrever o livro 'Institutas', declarando que essa "obra-prima"(sic) "é mais de Deus do que de mim próprio"(sic). Vejam o tamanho dessa ABSURDEZA proferida por João Calvino! Enquanto a Bíblia (A BÍBLIA) foi escrita por homens INSPIRADOS por Deus, o livro 'Institutas' foi construído por UM HOMEM "em parceria"(sic) com Deus!!! E mais: Calvino afirma que PARA SE TER CORRETA E CABAL COMPREENSÃO DA BÍBLIA É IMPRESCINDÍVEL QUE SE LEIA, ANTES, SEU LIVRO CHAMADO 'INSTITUTAS'!!! Por inacreditável que isso possa parecer, ESTÁ ESCRITO NO PREFÁCIO DO CITADO LIVRO, COM TODAS AS LETRAS!!!

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  40. Para João Calvino e seus partidários, NÃO EXISTE SALVAÇÃO; existe ELEIÇÃO PRÉVIA, ANTES QUE O MUNDO FOSSE MUNDO, DESDE A ETERNIDADE. Para João Calvino, NÃO EXISTE FUTURO; o futuro é algo apenas aparente, completamente ilusório, pois que TODAS AS COISAS (absolutamente todas as coisas) JÁ FORAM OU JÁ ESTÃO CONSUMADAS. Você ou qualquer pessoa JÁ NASCEU IMERECIDAMENTE ELEITO PARA O CÉU OU POR SUA PRÓPRIA CULPA CONDENADO PARA MORAR EM ALGUM RECANTO DO INFERNO PARA SEMPRE, embora ISSO, EVIDENTEMENTE, NÃO ESTEJA DESSE MODO ENSINADO NA BÍBLIA.

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  41. Para João Calvino e seus simpatizantes, uma criança com três meses de gestação uterina JÁ TEM SEU DESTINO PREVIAMENTE TRAÇADO: ELEIÇÃO PARA O CÉU OU CONDENAÇÃO PARA O INFERNO! Se essa criança com três meses de gestação uterina MORRER NO VENTRE DA MÃE, seu destino permanece o mesmo, isto é, CÉU ou INFERNO. Com outras palavras, para Calvino e seus correligionários, TODA PESSOA JÁ NASCE ELEITA PARA O CÉU (VIDA ETERNA SEM VONTADE LIVRE E SEM MERECIMENTO ALGUM) OU PREDESTINADA (CONDENADA POR SUA PRÓPRIA "CULPA" OU PLENO "MERECIMENTO") PARA O INFERNO INFINDÁVEL. Repito: salvação SEM merecimento, mas condenação por CULPA EXCLUSIVA DO HOMEM!!

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  42. Observem (observar no sentido de ler as teorias do próprio huguenote Calvino; e ler os quatro volumes do livro chamado 'Institutas da Religião Cristã', não se limitando a ouvir a opinião isolada e tendenciosa de pessoas que se têm a si mesmas como detentoras da "palavra final") que, NA ÓTICA DESSE CIDADÃO FRANCÊS, LIVRE-ARBÍTRIO SÓ EXISTE PARA QUEM TEM ENDEREÇO NO INFERNO. Com outras palavras, o eleito (de acordo com o discurso de Calvino) é eleito imerecidamente, pela graça "irresistível", sem qualquer oportunidade de escolha ou de exercício de vontade; enquanto que o réprobo ou ímpio ou maldito ou predestinado para a eterna separação de Deus (EMBORA PREDESTINADO: REPITO, EMBORA PREDESTINADO) ver-se-á frente a frente com tal realidade existencial "POR SUA PRÓPRIA E EXCLUSIVA CULPA"(sic), "POR SEU PRÓPRIO ESFORÇO"(sic) ou seja, INESCUSÁVEL OU INDESCULPÁVEL. Afinal, que "Livre-Arbítrio"(sic) unilateral ou tendencioso ou conduzido seria esse? Percebam o "niilismo" precisamente em razão de NÃO SER POSSÍVEL ENCONTRAR HARMONIA ENTRE OS ENSAIOS OU AS TESES OU AS TEORIAS DO GAULÊS CALVINO E A INTEIREZA DA PALAVRA DE DEUS.

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  43. Alguém já experimentou pedir a um Ministro de orientação calvinista (ou melhor, agostinianista) que ore em favor da SALVAÇÃO de um filho que rejeita veementemente o Evangelho, que está envolvido com DROGAS, que TRAFICA DROGAS, que PRATICA ROUBOS, que repetidamente ESTÁ ENCARCERADO etc.? Se o Ministro em questão de dispuser a "orar pela salvação"(sic) de seu filho, ele certamente, em o fazendo EM VOZ ALTA (com transparência), terá de dirigir a Deus ROGOS NO SENTIDO DE QUE O DECRETO DA ELEIÇÃO REALIZADO ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO SEJA "ALTERADO" PARA QUE ESSE FILHO ERRANTE SEJA NELE INCLUÍDO!!! Outra alternativa seria que esse calvinista (ou melhor, agostinianista) dissesse à pessoa que pediu a oração a seguinte frase: "NÃO SE PREOCUPE, PORQUE SE SEU FILHO FOR ELEITO, A UM CERTO E DETERMINADO MOMENTO DA VIDA ELE VAI SER DESPERTADO". E ainda uma terceira alternativa seria, na oração, dizer a Deus: "SENHOR, MOSTRA OU REVELA A ESSA PESSOA E A ESTE TEU MINISTRO SE O FILHO DELA FAZ OU NÃO FAZ PARTE DA RELAÇÃO DAQUELES QUE, COMO EU, FORAM ELEITOS ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, PARA QUE NÃO PERCAMOS TEMPO EM SÚPLICAS INEFICAZES".

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  44. Calvino não era o que dizem, Lutero não era o que dizem. Calvino era um mero pecador homem (como nós), Lutero era um mero pecado homem (como nós). Nem Calvino nem Lutero eram "santos", ou "infalíveis". Longe disso!! Muito longe disso!! Outra coisa: NEM CALVINO NEM LUTERO FORAM REFORMADORES! Não reformaram COISA ALGUMA! E por que não reformaram COISA ALGUMA? Simplesmente PORQUE NADA HAVIA PARA SER REFORMADO! A Igreja de Cristo nunca necessitou de "reforma", isso é uma invenção de homens impregnados de vaidade e cheios de si mesmos. A Igreja de Cristo é a IGREJA DE CRISTO, cujos alicerces estão inapagavelmente fixados na Bíblia, expostos maravilhosamente pelos Discípulos e Apóstolos. O que aconteceu e continua acontecendo no mundo é que o homem (o ser humano) simplesmente "caiu na gandaia", mergulhou no pecado, atascou-se na lama. Bastaria e basta, portanto, que o homem (nós, seres humanos) tomemos vergonha na cara, voltemos para o que na Bíblia está escrito, voltemos para os ensinamentos dos Discípulos e Apóstolos, voltemos para a Cruz de Cristo.

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  45. O calvinismo implica NÃO CRER NA BÍBLIA COMO UM TODO, implica NÃO CRER NO LIVRO DE TIAGO, capítulo 5, versículos 14 a 18, porquanto assim declara intrépida e "solenemente" o francês João Calvino em sua tese chamada "Institutas da Religião Cristã", da qual os calvinistas, em sua esmagadora maioria, nunca leram nem mesmo o prefácio.

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  46. O calvinismo implica uma mulher cristã que esteja grávida olhar para si mesma, lançar olhos para seu ventre crescido e perguntar-se se o que carrega no útero, pelo milagre da concepção, é um rebento COM A INEXTINGUÍVEL SEMENTE MALIGNA DE SATÃ ou um filho COM A IMUTÁVEL MARCA DA ELEIÇÃO. E, portanto, quer essa criança venha efetivamente a ser expelida do útero com vida, quer se torne um aborto, o calvinismo haverá de inevitavelmente acarretar completo emudecimento tanto da mãe quanto do pai, no que diz respeito àquela passagem bíblica segundo a qual OS FILHOS SÃO HERANÇA DO SENHOR E O FRUTO DO VENTRE O SEU GALARDÃO.

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  47. O calvinismo implica a total desesperança em termos de FUTURO, de vez que, segundo esse gaulês adepto da pena capital por fogueira em estaca, o futuro é apenas aparente, porque todas as coisas (sem exceção) já foram pela soberania de Deus absolutamente determinadas ou predeterminadas ou pré-formatadas ou predestinadas, e isso não apenas no que diz respeito à eleição, esta que, vez por outra, também é referenciada como sendo salvação.

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  48. Pouco sei a respeito de Jacobus Arminius, não me detive em sua biografia, exceto no que diz respeito à sua visão soteriológica apelidada de "Arminianismo", e, definitivamente, não a compartilho. E acrescento: A razão de não a compartilhar deve-se tão-somente ao fato para mim abissal consistente em que eu rejeito IRREMEDIAVELMENTE E PARA SEMPRE qualquer tipo de rotulação humana. Se rótulos eu me permitisse, diria que sou criatura de Deus, formado do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, lamentavelmente pecador e, pela misericórdia do Criador (que é a causa de não sermos consumidos), permaneço aguardando a segunda vinda do Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, TUDO EM ESTRITA CONFORMIDADE COM AQUILO QUE ESTÁ LAVRADO INDELEVELMENTE NA BÍBLIA.

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  49. A meu ver, a palavra "REFORMA" não faz qualquer ou nenhum sentido. Reforma de quê? Reforma da Bíblia? Reforma da Igreja de Cristo? A Igreja, isto é, a ÚNICA Igreja que verdadeiramente existe, é a Igreja de Cristo, estabelecida e fundada segundo os preceitos CLARÍSSIMOS estampados na Bíblia, ao alcance de QUALQUER pessoa, letrada ou não. Não existe nem REFORMA nem REFORMADOR(es). A Bíblia é e permanecerá sendo sempre a mesma. Deus é o mesmo. Jesus Cristo é o mesmo e a Mensagem Real é a mesma. O que mudou através dos séculos foram as "peripécias" e as maluquices do ser humano, ávido por si mesmo, incontido e embriagado pela vaidade e pelas concupiscências que o carcomem.

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  50. Você sabia que esse francês de nome João Calvino declara que a Bíblia é um livro enfadonho e aborrecedor, e que a única maneira das pessoas "se livrarem" desse enfado e aborrecimento é LER PRIMEIRO O SEU LIVRO apelidado de 'Institutas da Religião Cristã'? Observe o que ele disse no prefácio (vol. I, pág. 44, formato PDF): "Por essa razão, aliviado será o leitor piedoso de grande aborrecimento e enfado, se à Escritura se achega premunido do conhecimento da presente obra como de um instrumento necessário"(sic). Trata-se de um incrível 'show' de presunção!

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  51. QUE DIRIA O CALVINISTA?
    Na hipótese de que seu filho, antes aparentemente eleito, venha a ser ou passe a ser usuário de drogas, alcoólatra, ladrão, travesti, sexualmente promíscuo, homicida, pedófilo etc., você o consideraria como parceiro do demônio, ou réprobo, ou maldito que no dia do juízo será apartado para o fogo eterno?
    Ou diante de tal cenário você empreenderia ou se dedicaria a árduas orações no sentido de que esse seu filho venha a se converter à semelhança de João 3:16, ou seja despertado para a vocação que, ao seu entendimento de pai, lhe estaria reservada por efeito de infalível eleição anterior à fundação do mundo?
    E, na conjectura de suas orações falharem ou não encontrarem ressonância ou receptividade celestial, e seu filho descer à sepultura com aquele mesmo estilo de vida, você entenderia que por ser impossível qualquer deslize no secreto, eterno e amoroso conselho do Criador, por ser Deus sempre e perfeitamente justo, você lhe dedicaria irrestritos louvores em altos e santos brados por ter Ele destinado ou condenado à perdição eterna o seu ímpio descendente na carne como um verdadeiro filho de satã?

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  52. Em estrito acordo com a arquitetura literária joãocalvinista, a Bíblia constitui nada mais, nada menos, do que um 'Livro de Pegadinhas', ainda que Calvino e seus seguidores ou admiradores não tenham tido a coragem e a honradez de sugerir ou tomar a iniciativa de eles próprios realizarem, por sua conta, risco e conseqüências funestas, completa revisão do texto bíblico.

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  53. Nunca vi ou ouvi um autêntico sectário de João Calvino "anunciar" solenemente em pregações a ressurreição de ANIMAIS, MADEIRAS e PEDRAS, exatamente como esse francês faz em suas teses. Para ele, ANIMAIS, MADEIRAS e PEDRAS possuem sentimento ou consciência de sua futilidade e corrupção e, semelhantemente aos filhos de Deus, aguardam a redenção...

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  54. Os adeptos do gaulês Calvino estão cientes de que esse cidadão EXPRESSAMENTE NEGA A BÍBLIA em determinadas passagens? Sabiam que, para monsieur Cauvin, A ORAÇÃO É UMA COMPLETA INUTILIDADE ou, quando muito, uma FORMALIDADE similar a uma LADAINHA?

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  55. Para os admiradores do francês de nome aportuguesado João Calvino, existem dois pontos "fundamentais" em termos de salvação: SOLUS CALVINUS e SOLUS INSTITUTAS...

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  56. De acordo com a teoria do gaulês Calvino, TANTO A ELEIÇÃO PARA O CÉU, QUANTO A PREDESTINAÇÃO PARA O INFERNO FORAM CONSUMADAS ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO. Portanto, não é calvinisticamente verdadeiro que Adão teria feito uso de "livre-arbítrio"(sic), a menos que se prove que Adão fora criado por Deus "após a fundação do mundo"...

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  57. PIOR AINDA: Segundo o calvinismo (ou segundo o moço que militou em Genebra), LIVRE-ARBÍTRIO simplesmente NÃO EXISTIU E NÃO EXISTE. Veja bem: João Calvino afirma nos seus escritos rotulados de "Institutas" que o destino de todo ser humano (TODO SER HUMANO) não é apenas de CONHECIMENTO PRÉVIO (onisciência) DE DEUS, mas DE DECRETAÇÃO PRÉVIA POR DEUS, ANTES QUE O MUNDO EXISTISSE. Portanto, fica óbvio que Deus não fora "tomado de surpresa"(sic) pelo pecado de Adão ou pelo exercício de "LIVRE-VONTADE"(sic) de Adão.

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  58. VOCÊ SABIA QUE, segundo os cristãos calvinistas, os terroristas islâmicos que apavoram o mundo, os milicianos que praticam o extermínio e a extorsão de pessoas no Rio de Janeiro, os latrocidas que infestam São Paulo, os pedófilos que sodomizam e matam crianças, os estupradores que violentam e assassinam mulheres, os corruptos que, no Brasil, trapaceiam, fraudam, roubam e fazem discursos, são, todos, “instrumentos da divina providência”? (Institutas, vol. I)?

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  59. José Rubens,

    quando alguém faz questão de dizer que é um livre pensador ou está a proferir um "livre pensamento", tenho sérias dúvidas quanto a sua presunção de independência, a qual, na verdade, não existe. Prefiro a minha mente cativa a Cristo, ou seja, o meu pensamento cativo a ele, do que ser um livre pensador, pois livres pensadores querem, muitas vezes, chamar para si a originalidade de uma ideia quando ela já está aí, posta aos olhos de quem queira ver. É como o cara que diz ter inventado a roda porque viu uma em funcionamento.

    Quanto ao seu comentário, meio histriônico (as caixas altas demonstram isso), o que dizer? É um emaranhado de lugar-comum, que para refutá-lo eu teria de escrever um outro longo texto, o que, no momento, além de não me interessar, não disponho de tempo para isso.

    No mais, sinceramente, desejo que você reveja o seu comentário, e busque se informar em diferentes fontes, para não repetir, por exemplo, a barbaridade de que foi Calvino quem queimou Serveto. Há muitos livros de história para contar a verdade, inclusive de que Calvino, em Genebra, não tinha poderes maiores do que o de um "consultor" do governo da cidade, se tanto.

    Cristo o abençoe!

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  60. Jorge Fernandes Isah: Vejo que você não se sentiu à vontade diante dos comentários que postei (vários), preferindo publicar escolhidamente apenas um deles. É um direito seu como administrador do blog, mas deixa impressão errônea, como se meu enfoque a respeito do movimento calvinista se limitasse a essa ótica, o que, como você pôde perceber, não é verdade. Respeito seu modo de pensar e sei conviver com opiniões distintas, sem lançar ofensas a quem quer que seja, embora expressando claramente o que penso. Conheço o pensamento do francês em questão. Li (imbuído de muita paciência) toda a sua tese etiquetada como "Institutas da Religião Cristã". Quando utilizo letras maiúsculas (ou caixa alta) faço-o em substituição ao largamente conhecido "negrito", como elementar destaque ou ênfase a palavras ou expressões, como comumente e rotineiramente e normalmente acontece em jornais, livros etc., sem que isso tenha qualquer outro tipo de "significação" como sugerido por você. Por fim, por gentileza sinta-se à vontade para apagar ou deletar meu comentário, semelhantemente ao que fez em relação aos numerosos outros que você censurou, na qualidade de Gerenciador do Blog.

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  61. José,

    Não censurei nenhum comentário seu, porque não chegaram à minha caixa de mensagens, até porque, não tenho por hábito censurar nenhum comentário, a menos que contenham ofensas e palavrões. Se os tiver arquivado, mande-os novamente que eu publicarei.

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  62. José,

    estão postados todos os comentários que disse ter eu censurado. Somente, hoje, vi-os no meu Blogger, e não sei porque cargas d'água não os vira antes.

    Sobre eles, tenho a dizer o seguinte: há algumas verdades expostas por Calvino, e citadas por você, como o fato de Deus eleger tanto para a salvação como para a reprovação. No que ele está certo, e é biblicamente verificável e confirmado.

    Contudo, há inverdades e falácias em outras de suas afirmações (não vou citá-las, uma a uma), e, como exemplo, posso dizer que ele nunca disse ou escreveu algo, como o afirmado acima: "Os adeptos do gaulês Calvino estão cientes de que esse cidadão EXPRESSAMENTE NEGA A BÍBLIA em determinadas passagens? Sabiam que, para monsieur Cauvin, A ORAÇÃO É UMA COMPLETA INUTILIDADE ou, quando muito, uma FORMALIDADE similar a uma LADAINHA?". Cite-me, por favor, livro e página, onde o reformador considera veraz tal assertiva.

    Posto estes dois exemplos, não irei comentar um por um dos seus escritos, mas, pelo tom de ironia e deboche com o qual você trata a questão (seja o reformador, sua teologia, e os que a compartilham), não tenho muito mais a dizer do que lamentar, pela superficialidade e inexatidão da maioria dos seus comentários. Se você tivesse mesmo lido Calvino, Lutero, Agostinho, e outros tantos teólogos calvinistas (sempre há exceções, mas são raras, posso afirmar), entenderia que a piedade, o amor, a reverência, o temor, e a fidelidade à Escritura, são fundamentos não somente didáticos mas práticos, na vida deles e dos que comungam com a sua visão.

    Dizer que você é o único a interpretar corretamente a Escritura, e de que qualquer homem ou "rótulo" (e José pode ser considerado um rótulo, ou um identificativo de quem você é) são alijados ou negados por você, não os torna falsos, corrompidos, ou inúteis. Assim como eu chamá-lo de João, por pirraça ou picuinha (ou mesmo não chamá-lo de nada), não o faz deixar de ser o José. Da mesma forma que, se eu ignorá-lo, passando por você, não o faz deixar de ser quem é. Assim também é tudo relacionado à verdade, podemos negá-la, mas ela continuará intacta, quer queira ou não.

    Chega a ser infantil essa obsessão pelo ineditismo, "não sou calvinista, nem arminiano, sou bíblico", demonstrando traços nítidos de soberba e pouca humildade, pois, não aprendemos com homens mais sábios do que nós? Homens usados por Deus para nos ajudar a compreender a verdade? Ou fomos paridos por uma chocadeira? Essa própria atitude de "não sou isso ou aquilo", já é, em si mesma, uma cópia, um refrão repetido infinitamente, pois muitos, antes de você já o proferirão, e isso significa um tipo de conceito passado de um homem para outro, sendo, portanto, nada mais do que observar ou concordar com algo posto por outro homem.

    Seguindo esse raciocínio, você não deveria obedecer a Cristo, que era homem (uma das suas naturezas, mas real e presente no Senhor); nem aos apóstolos que eram homens; ou aos profetas, também homens; nesse sentido, eu não deveria ouvi-lo, pois, segundo o seu próprio princípio, não devo ouvir os homens, nem segui-los, nem observá-los; devo aprender sozinho, por mim mesmo, sem qualquer ajuda (loucura das loucuras! Pretensão das pretensões!).

    Então, aquiecendo o seu conselho, não o ouvirei mais!

    Obrigado!

    PS: o seu problema é de fundamentos, pois você quer aplicar aos outros o que não aplica a si mesmo; quer ser ouvido quando não ouve; quer ensinar quando despreza o ensino; em suma, por isso, não me ative aos seus comentários, dedicando estas linhas para exortá-lo à humildade, exortando-o a não se comparar à última cereja do bolo.

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  63. ...Com exceção do terceiro parágrafo de seu comentário, os demais derivam de diametral equívoco ou compreensão errônea ou preconceituosa relativamente às colocações que fiz. Sem problema. Desejo-lhe êxito existencial.

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